No último dia 19 de março, aconteceu uma palestra online sobre Desempenho Escolar com os especialistas educacionais da Imaginie, Clara Pereira e Felipe Cabido.
A Clara Pereira é professora e coordenadora pedagógica e Felipe Cabido é especialista educacional. Eles fazem parte do time da Imaginie e acreditam, em decorrência da experiência junto às escolas, que um dos maiores desafios das instituições é a busca pela melhoria do desempenho escolar dos alunos.
Isso porque, atualmente, muitas escolas ainda se guiam pelo “achismo” para planejar suas ações. Sendo assim, podem sentir que não saem do lugar no que diz respeito à melhoria dos resultados. E, de fato, muitas decisões que você tomar sem ter um embasamento concreto, ou seja, em dados, podem não surtir o efeito esperado.
Portanto, tanto a gestão escolar quanto a prática pedagógica devem ser baseadas em dados para que a sua escola alcance um bom desempenho. Pensando em como fazer isso de maneira prática, os nossos especialistas, Clara Pereira e Felipe Cabido, deram 7 dicas práticas que irão fazer melhorar o desempenho dos estudantes em sua instituição.
Vamos a seguir te contar um resumo de como foi a palestra!
Dica 1: Defina indicadores
Se o grande problema com o desempenho escolar está relacionado à falta de dados para tomadas de decisão, precisamos, primeiramente, definir quais são os indicadores de desempenho que serão constantemente analisados na escola.
Neste ponto, eles explicaram o que, de fato, são os indicadores de desempenho.
“Então, é importante a gente entender que os indicadores não estão voltados apenas ao processo de ensino-aprendizagem. É necessário levar em consideração questões como a satisfação das famílias, por exemplo. Por tudo isso é importante sentar e entender – inclusive esse momento de parada que a gente tem agora pode ser um momento muito importante pra quem não fez um planejamento assertivo lá no início do ano. Pare um porquinho, refaz esse planejamento, pra que ao longo do aluno a gente consiga alcançar nossos objetivos.” afirmou Felipe.
“(…) Inclusive, a gente tem um ponto que é o calcanhar de Aquiles na maioria das escolas particulares do todo o país: a evasão escolar. Então, pensar em indicadores que vão trazer os motivos pelos quais a evasão escolar está tão presente em nosso meio é um ponto importante também. E aí, lógico, a gente precisa entrar também nos maiores indicadores que estão relacionados às maiores indicações de todo o Brasil. E pra isso a gente não pode deixar de falar da TRI, que hoje é um modelo de correção utilizado tanto no Enem, quanto no modelo SAEB.”
A Clara também complementou: “dentro de um mesmo ano letivo, já é possível acompanhar o desempenho de seu aluno desde que, é claro, a gente trabalhe com uma mesma avaliação, que tenha as mesmas competências e habilidades sendo exploradas e que tenha o mesmo valor educacional. Então, que seja uma avaliação bem pensada e que dá um retorno pros alunos de fato. O ideal, dentro de um contexto educacional, caso o gestor queira tomar uma ação enfática e incisiva dentro do problema ou de um desafio que ele está vivendo dentro de um contexto educacional, é que ele faça esse tipo de avaliação com uma periodicidade fixa. O ideal é a gente trabalhar de 3 em 3 meses, na minha visão.”
Dica 2: Analise os resultados
A partir dos indicadores coletados, deve ser feita a análise de resultados. Veja um trechinho do que o nosso especialista Felipe disse:
Felipe: “A devolutiva que a gente quer com o mapa da TRI é entender de fato onde estão as lacunas de aprendizagem dos alunos, onde a escola precisa fazer uma intervenção. Lógico que a gente vai, muitas das vezes, identificar que é preciso fazer uma intervenção.”..
Dica 3: Faça um planejamento focado em sua análise
E afinal, o que fazer com esses dados? Planejar o semestre, ano ou um período maior a partir deles. Veja o que um trechinho da fala do Felipe sobre isso:
“Não adianta nada a gente ter os dados e identificar os pontos de melhoria se a gente não faz uma intervenção pedagógica em cima desses pontos. A gente precisa entender como trabalhar e como esses dados geram intervenções pedagógicas assertivas. Então, a gente precisa entender que não é nem só a TRI e nem só a TCT, a gente precisa encontrar um meio termo pra trabalhar ambos e trazer uma análise e um planejamento focado nesses dados históricos.”
Dica 4: Defina metas
Para saber se suas ações estão gerando resultados, você deverá definir metas desafiadoras, mas possíveis, além de mensuráveis, específicas e com um prazo definido.
Veja só o que a coordenadora pedagógica e professora Clara fala a respeito da definição de metas: “Primeiro você precisa estabelecer metas, e é muito importante que elas sejam estabelecidas a partir de uma progressão de complexidade. Então, eu preciso estabelecer com meus alunos metas que vão desde o mais simples de ser cumprido, e aí, progressivamente, eu vou introduzindo junto com esses alunos maior complexidade ao trabalhar determinados conteúdos que eles apresentaram maior dificuldade.”.
A professora ainda complementou: “E aí como é que você vai mensurar se esse aluno está se desenvolvendo ou não através dessas metas que foram estabelecidas pelos gestores? É através das novas avaliações. Então, as avaliação terão, novamente, as mesmas habilidades, os mesmo conteúdos e aí espera-se que esse aluno tenha se desenvolvido depois de um determinado período. Então, ele já terá um desempenho maior, caso a proposta de intervenção tenha sido efetiva, tenha sido eficaz dentro do contexto educacional.”
Dica 5: Defina ações
A análise de dados deve obrigatoriamente gerar ações, que devem ser bem pensada.
“As ações não devem refletir apenas o processo cognitivo. A gente tem que lembrar lá do início, do nosso propósito de formar o aluno. A questão não é só preparar o aluno para uma avaliação externa, mas a gente precisa voltar e entender que o nosso propósito é de formação integral do aluno.”, apontou Felipe Cabido.
Dica 6: Passe por todas as etapas do ciclo de intervenção pedagógica
Agora, veja o que Felipe menciona a respeito do ciclo de intervenção pedagógica:
“A gente precisa entender também o não cognitivo, que é algo que a BNCC traz muito fortemente hoje: o trabalho com o ser humano, que acaba impactando positiva ou negativamente no engajamento do aluno. Então, se eu tenho um aluno que está tendo uma dificuldade dentro de casa, por exemplo, isso a gente tem visto na prática que impacta diretamente no trabalho nosso dentro de sala de aula.”.O especialista ainda complementa: “sobre a pirâmide do aprendizado, a gente não aprende só naquele modelo antigo que a gente está acostumado. A gente precisa modificar esse paradigma e entender quais são as novas formas de aprendizado e trazer um incentivo maior à discussão, ao debate, à mão na massa dos alunos pra trazer um processo de ensino-aprendizado cada vez mais atrativo para os alunos também.”.
Dica 7: Melhore o diálogo com pais, professores e alunos
Por fim, algumas ações são fundamentais para qualquer escola, e uma delas é manter um bom diálogo com pais, professores e alunos. Eles estão presentes e encaram diferentes situações no dia a dia da escola, podendo trazer insights que você não tenha percebido.
Que a gente consiga, por fim, depois de ter pensado em todo esse contexto do aluno; depois de ter estruturado um processo avaliativo que seja eficaz; depois de ter feito a análise de dados e estabelecido um plano; que a gente saiba comunicar isso para nossa comunidade: que a gente saiba comunicar isso para os professores; que a gente saiba comunicar isso para os alunos; que a gente saiba comunicar isso para os pais desses nossos alunos. Assim, a gente está criando um valor real pra essas avaliações e engajamento. A gente consegue mostrar valor a partir do desenvolvimento positivo desse aluno”
E aí, gostou de ficar por dentro das dicas dadas por nossos especialistas no dia 19 de março? Esperamos sim!Bom, se você quer investir em melhorar o desempenho escolar de seus alunos por meio de dados deve baixar agora nosso ebook de indicadores de desempenho. Esse material riquíssimo vai te ajudar a obter os resultados que você sempre sonhou para sua escola!