Você sabe o que é educação integral? Aqui, não estamos falando apenas da permanência ampliada dos alunos na escola, e sim, de uma concepção que assegura o desenvolvimento intelectual, físico, emocional, social e cultural.
Em outras palavras, o conceito de educação integral tem a ver com o desenvolvimento dos alunos em todas as dimensões pertinentes. Além disso, trata-se de um projeto que deve ser assumido por todas as pessoas envolvidas na formação de crianças, adolescentes e jovens.
A própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reforça a importância da educação integral. Por isso, vamos explicar melhor do que ela se trata e qual a sua importância no processo de ensino-aprendizagem. Continue lendo!
O que é educação integral?
Como explicamos, a educação integral se refere ao pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens, visto que ela envolve as dimensões física, afetiva, cognitiva, socioemocional e ética.
Ao contrário da educação tradicional, que só busca o desenvolvimento do intelecto, a formação integral coloca o estudante no centro do processo educativo.
Essa concepção tem como foco a educação contextualizada e a interação entre o que se aprende e pratica. Ou seja, a organização dos conteúdos é voltada para o contexto social vivenciado pelos alunos.
Dessa forma, a escola é a principal responsável por garantir uma educação integral e orientar sujeitos autônomos e conscientes de si mesmos e do mundo. Afinal, esse é um espaço de articulação das experiências educativas que favorecem as aprendizagens importantes.
Ainda, o conceito de educação integral tem alguns fundamentos que o norteiam, como veremos a seguir.
Centralidade do estudante
Na educação integral, o foco está no aluno, que ocupa um espaço central no processo de aprendizado. Por isso, todas as dimensões do projeto pedagógico devem ser orientadas a partir dos interesses, necessidades de aprendizagem e perspectivas dos estudantes.
Dessa forma, os educadores precisam conhecer as múltiplas formas pelas quais os indivíduos aprendem e se desenvolvem. Além de aplicar diferentes métodos para corresponder às necessidades e expectativas de cada um.
Aprendizagem permanente
O princípio da aprendizagem permanente tem a ver com a questão da multidimensionalidade dos sujeitos. É preciso buscar estratégias que não garantem apenas o desenvolvimento intelectual, mas também o social, físico, emocional e cultural.
Portanto, os conteúdos acadêmicos devem contemplar práticas educativas que possibilitam a compreensão do corpo, das emoções, das relações e códigos socioculturais.
Perspectiva inclusiva
Esse princípio diz respeito à valorização das diferenças representadas pelas deficiências, religiões, etnias, condições socioeconômicas e orientações sexuais. Nesse sentido, os processos educativos devem compor espaços de inclusão e perpetuar a diversidade como um valor, desenvolvendo, assim, os alunos em todas as suas dimensões.
Gestão democrática
A gestão democrática consiste na participação de toda a comunidade escolar no que diz respeito ao projeto pedagógico. Em outras palavras, as práticas e atividades educativas não devem ser construídas apenas pelos diretores e gestores de escola, mas também pelos alunos, pais, responsáveis e docentes.
Ampliação do tempo
Outro princípio da educação integral é a ampliação do tempo de permanência nas escolas, já que os processos educativos devem articular diferentes tempos e espaços para garantir a diversificação de interações.
Quanto mais diversificadas forem essas relações, mais cheio de possibilidades será o universo social e cultural dos alunos.
Ambiência
A educação integral também considera pertinente a construção de uma ambiência para aumentar a participação, o diálogo, a troca e a criatividade. Nesse sentido, as atividades escolares não devem se restringir à sala de aula, pois todos os espaços devem ser integrados de forma planejada.
Como a formação humana precisa acontecer o tempo inteiro, a integração da família, por exemplo, é de extrema importância para sustentar o desenvolvimento completo dos alunos.
Por que apostar na educação integral?
Agora que você já sabe o que é educação integral, vamos explicar os benefícios dela para o processo de ensino-aprendizagem.
A proposta é contemporânea
Um dos princípios da educação inclusiva é a centralidade dos sujeitos, certo? Afinal, o objetivo desse método é formar cidadãos críticos, autônomos e conscientes.
Isso mostra que a formação integral está alinhada às demandas do século XXI, sendo considerada, portanto, uma proposta contemporânea.
Inclusão
Como explicamos, a educação integral reconhece as singularidades dos indivíduos e busca práticas educativas que correspondam às necessidades de todos. Dessa forma, outra vantagem desse método é a inclusão de todos os grupos.
Sustentabilidade
Mais do que promover a inclusão de pessoas diversas, a educação integral possibilita a noção de sustentabilidade, já que esse método tem como base a interação entre o que se aprende e pratica.
Equidade
Por fim, a educação integral também busca a equidade, visto que ela reconhece o direito que todos têm de aprender e acessar oportunidades diversificadas a partir de múltiplos espaços, saberes, agentes e linguagens.
Educação integral e legislação brasileira
A formação integral está presente nas legislações que regulamentam o sistema educacional no Brasil. De acordo com a Constituição de 1988, o direito à educação tem como base o “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Já a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) afirma que é preciso buscar o pleno desenvolvimento do aluno. Enquanto a BNCC propõe o rompimento com “visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva”.
Se você gostou de aprender sobre educação integral, que tal conferir um artigo sobre como funciona o ensino híbrido?
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