A qualidade da educação depende diretamente da formação contínua dos professores e da forma como são acompanhados no exercício da docência. Nesse cenário, o papel da coordenação pedagógica vai muito além da gestão de rotinas escolares: ela é peça-chave no apoio ao desenvolvimento profissional e humano dos docentes.
Ao considerar as diferentes personalidades e estilos de comportamento dos professores, a coordenação pode ser ainda mais eficaz. A teoria DISC, amplamente utilizada em ambientes corporativos e educacionais, é uma poderosa aliada nesse processo. Ela nos ajuda a compreender os diferentes perfis comportamentais e adaptar as estratégias de acompanhamento e formação conforme as necessidades de cada educador.
Neste artigo, vamos explorar como a coordenação pedagógica pode promover o desenvolvimento docente com mais intencionalidade e sensibilidade, utilizando os fundamentos do DISC como apoio.
O que é a teoria DISC?
A teoria DISC é um modelo de avaliação comportamental que identifica quatro estilos predominantes de comportamento:
- Dominância (D): foco em resultados, ação, objetividade e tomada de decisão rápida.
- Influência (I): foco em pessoas, comunicação, entusiasmo e motivação.
- Estabilidade (S): foco em colaboração, rotina, paciência e harmonia.
- Conformidade (C): foco em regras, precisão, planejamento e qualidade.
Cada pessoa pode apresentar uma combinação desses perfis, com um, dois ou três predominantes. E é exatamente aqui que começamos a falar sobre o desenvolvimento dos professores.
No ambiente escolar, reconhecer o estilo DISC dos professores é essencial para oferecer um acompanhamento mais personalizado e eficaz.
O papel da coordenação pedagógica no contexto educacional
A coordenação pedagógica é o elo entre a gestão escolar, os docentes e a proposta pedagógica da instituição. Seu principal objetivo é garantir que o processo de ensino-aprendizagem aconteça com qualidade, coerência e intencionalidade.
Para isso, o coordenador acompanha e orienta o planejamento pedagógico, promove formações continuadas, estimula a reflexão sobre a prática docente, apoia na resolução de conflitos e na gestão de sala de aula, além de criar espaços colaborativos e de escuta ativa.
Essa atuação exige não só conhecimento técnico, mas também sensibilidade para lidar com diferentes estilos de ensino e de personalidade. Neste ponto, o DISC se torna uma ferramenta valiosa para entender sobre perfis comportamentais.
Como o DISC pode apoiar o trabalho da coordenação pedagógica
Entender os perfis comportamentais com base na teoria DISC ajuda o coordenador a construir relações mais empáticas, adaptar a comunicação e desenvolver ações formativas mais assertivas.
Veja a seguir como cada perfil pode impactar o cotidiano escolar:
Perfil Dominante (D)
Professores com esse perfil são diretos, orientados a resultados e preferem autonomia no planejamento de suas aulas. Podem resistir a formações teóricas ou muito longas, preferindo atividades práticas e objetivas.
Ações da coordenação: propor desafios que envolvam inovação e metas, estimular a liderança em projetos pedagógicos e oferecer devolutivas diretas e focadas em performance.
Perfil Influente (I)
São professores comunicativos, criativos e otimistas. Valorizam o reconhecimento e tendem a se engajar em propostas dinâmicas e interativas. Muitas vezes apresentam dificuldade com prazos e organização.
Ações da coordenação: promover formações colaborativas com dinâmicas em grupo, valorizar suas ideias e auxiliar na estruturação de rotinas pedagógicas.
Perfil Estável (S)
Esses docentes prezam pela segurança, rotina e harmonia no ambiente escolar. Costumam ser cooperativos e excelentes ouvintes, mas podem resistir a mudanças abruptas.
Ações da coordenação: introduzir mudanças de forma gradual, oferecer suporte constante e criar espaços tranquilos para trocas de experiência.
Perfil Conforme (C)
Detalhistas, organizados e analíticos, professores com perfil C valorizam normas, dados e planejamento. Podem se sentir desconfortáveis com improvisações e atividades sem estrutura definida.
Ações da coordenação: fornecer referências e bases teóricas, apresentar feedbacks objetivos e respeitar seus processos de planejamento.
A coordenação pedagógica no desenvolvimento docente de maneira contínua
Ao entender os perfis DISC de sua equipe, o coordenador pedagógico pode agir com mais estratégia. O desenvolvimento profissional dos professores não se resume a cursos e treinamentos, mas envolve acompanhamento próximo, estímulo à reflexão e criação de uma cultura colaborativa de aprendizagem.
Esse processo pode incluir o planejamento coletivo de aulas, projetos interdisciplinares, análise de práticas pedagógicas e observação de aulas com devolutivas formativas.
Mais do que aplicar um modelo, trata-se de construir caminhos que respeitem as particularidades da equipe.
Boas práticas da coordenação pedagógica com base no DISC
O uso do DISC na rotina da coordenação pode se desdobrar em ações práticas. Mapear os perfis comportamentais da equipe, com ferramentas como o CIS Assessment, é um bom ponto de partida.
Em uma próxima etapa, é possível personalizar a comunicação com cada professor, respeitando sua forma de receber orientações e feedbacks, além de criar planos de desenvolvimento individualizados, considerando os pontos fortes e os desafios de cada perfil.
Outra boa prática é formar duplas ou grupos de trabalho complementares, promovendo equilíbrio entre perfis mais dominantes e outros mais colaborativos. Essa diversidade enriquece os processos de ensino e aprendizagem.
Também vale destacar o uso do DISC na mediação de conflitos, já que compreender o estilo comportamental do outro facilita o diálogo e reduz ruídos de comunicação.
Desafios e oportunidades
Apesar das possibilidades oferecidas pelo DISC, o coordenador pedagógico ainda enfrenta desafios. A alta demanda burocrática limita o tempo para ações formativas, enquanto a heterogeneidade das equipes pode gerar conflitos ou resistências. Além disso, nem todas as escolas oferecem apoio institucional para implementar ferramentas de mapeamento comportamental, o que dificulta uma atuação mais personalizada.
Superar esses obstáculos exige clareza sobre o papel da coordenação pedagógica como agente formador, além de investimento em ferramentas adequadas e apoio da gestão escolar para promover mudanças duradouras.
Conclusão
O desenvolvimento docente é um dos pilares da qualidade educacional, e a coordenação pedagógica exerce um papel decisivo nesse processo. Ao incorporar a teoria DISC em suas práticas, o coordenador amplia sua capacidade de compreender os professores, respeitar suas diferenças e promover um crescimento mais coerente com a realidade de cada um.
Não se trata de rotular profissionais, mas de criar estratégias mais eficazes de apoio, orientação e formação. Com essa abordagem, a escola se transforma em um ambiente mais acolhedor, colaborativo e produtivo, onde o crescimento de cada professor reflete diretamente na aprendizagem dos alunos.
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Post feito pelo parceiro CIS Assessment
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