Uma pesquisa realizada recentemente com 132 mil jovens brasileiros de idades de 13 a 21 anos expôs os seus desejos e aspirações em relação à educação no Brasil. A pesquisa realizada pelo Porvir/Instituto Inspirare ouviu jovens de todas as regiões do Brasil.
O objetivo era compreender como os jovens veem a escola hoje e como seria a escola ideal. Para tal, eles ouviram jovens de todas as regiões do Brasil, de escolas públicas e privadas, e os resultados mostraram que eles são críticos e sabem o que querem!
Veja detalhes da pesquisa:
O que eles pensam do modelo atual
– Só 1 em cada 10 alunos está satisfeito com a aula e com os materiais pedagógicos utilizados.
– 8 em cada 10 acreditam que as relações dos alunos com a equipe escolar precisam ser melhores.
– 5 em cada 10 não considera a estrutura da escola adequada.
Em contrapartida, os jovens estudantes demonstraram afeto pela escola. Dos entrevistados 70% gostam de estudar em suas escolas, 72% dizem que aprendem coisas produtivas para a vida e 62% afirmam que a escola oferece um ambiente favorável para aprender.
O que eles desejam na escola
– 36% desejam realizar atividades práticas.
– 27% querem usar mais tecnologia dentro da escola.
– 25% querem ter algumas disciplinas obrigatórias e ter a opção de escolher outras.
– 16% esperam que a escola desenvolva suas habilidades de relacionamento.
– 10% querem ter acesso a conteúdo de política, cidadania e direitos humanos.
– 41% acredita que atividades que reúna pais, alunos e professores são essenciais na escola ideal.
O que não pode faltar na escola ideal
– 51% acredita que a tecnologia não pode ser somente a do laboratório de informática.
– 44% querem bastante área verde.
– 42% querem quadras e equipamentos esportivos.
– 36% querem adaptação para pessoas com deficiência.
– 31% querem espaços amplos e abertos que possam ser reaproveitados.
– 30% querem arquitetura sustentável: iluminação natural e reaproveitamento da água.
– 19% querem um prédio que garanta a privacidade de todos.
Para a maioria dos jovens entrevistados a escola que capacita deve focar no ENEM e mercado de trabalho. O conteúdo passado deve ser variado e o currículo mais flexível, com algumas disciplinas obrigatórias e outras optativas, mas a matemática deve estar presente na grade curricular.
Os alunos aspiram por mais atividades práticas. E acreditam que outros métodos educacionais para resolução de problemas devem ser utilizados dentro do ambiente escolar, como rodas de conversa, por exemplo.
E, por último, os jovens acreditam que o limite da sala de aula atual deve ser estendido, para que eles ampliem o seu acesso à educação.
Fonte: www.porvir.org