A cultura maker surgiu a partir do movimento Do It Yourself, que promove autonomia na resolução de problemas. Essa filosofia pode e deve ser aplicada em diferentes espaços, como nas instituições de ensino. Mas você sabe como funciona a cultura maker na escola?
Como mencionamos, a cultura maker segue a mesma filosofia do movimento Do It Yourself, ou seja, incentiva a resolução de problemas por meio de uma perspectiva prática. Nesse sentido, a cultura maker na escola consiste em realizar atividades que façam dos alunos protagonistas no processo de ensino-aprendizagem.
Para saber mais sobre a filosofia maker, como aplicar atividades práticas na sua escola e muito mais, acompanhe a leitura até o final. Você vai ver que essa metodologia pode proporcionar muitos benefícios para os seus alunos.
Entenda o que é cultura maker
Você já deve saber que o avanço tecnológico possibilitou uma série de mudanças na sociedade, inclusive, na área da educação. Por causa das novas tecnologias, o movimento Do It Yourself se popularizou na internet e abriu caminho para a cultura maker.
Os vídeos do movimento Do It Yourself envolvem tutoriais sobre diferentes atividades, que incentivam as pessoas a colocar a “mão na massa” em determinadas situações. Assim, os indivíduos ganham autonomia na hora de solucionar problemas, porque aprendem a passar pelos desafios da vida por conta própria.
Sob essa mesma filosofia, a cultura maker promove autonomia por meio de atividades práticas. Para entender melhor do que se trata, imagine a seguinte situação: o Natal chegou, e você quer montar um brinquedo com as próprias mãos para presentear uma criança. Isso é cultura maker!
No Brasil, a Campus Party é o maior exemplo de experiência maker já vista. A Campus Party é um evento internacional que tem como base a tecnologia e inovação e reúne diversas empresas, comunidades e pessoas visionárias.
Como a cultura maker funciona na educação?
Na educação, a cultura da “mão na massa” diz respeito à realização de atividades práticas em laboratórios e fora das escolas. Basta que os alunos tenham liberdade para experimentar e criar, incentivados por práticas pedagógicas adotadas pelas instituições.
Aqui, vale ressaltar, mais uma vez, a importância das novas tecnologias, como softwares, robótica e desenhos 3D. Em laboratórios bem equipados, os alunos podem encontrar todos esses recursos e desenvolver diferentes projetos de cunho interdisciplinar.
Mas não se preocupe! Se a sua escola não tem instalações desse tipo, saiba que um simples computador já é suficiente para você trabalhar com cultura maker. Na verdade, você também pode focar em projetos que nem sequer dependem de tecnologia.
Entre as atividades de filosofia maker que podem ser implementadas na sua escola, destacamos o desenvolvimento manual de jogos. Além disso, outras possibilidades são: plantação e cultivo, projetos que envolvem marcenaria e produção de brinquedos.
Quais os benefícios da cultura maker para o ensino?
Agora que você já sabe o que é cultura maker na escola, vamos falar sobre os benefícios de aplicá-la na sua instituição. Alguns deles você já conhece, como liberdade para experimentar e maior autonomia, mas as vantagens da cultura maker não param por aí.
Por valorizar a experimentação, essa filosofia possibilita um ambiente colaborativo que incentiva muito o trabalho em equipe e a comunicação. Além disso, diante de tantos recursos, os alunos são instigados a imaginar possíveis soluções para problemas apresentados, o que incentiva a criatividade.
As atividades práticas também incentivam habilidades como empatia e liderança, que, assim como as demais, são fundamentais para o mercado de trabalho. Portanto, uma das maiores vantagens da cultura maker na escola é proporcionar um ambiente que realmente prepara os alunos para o futuro.
Há, ainda, outra vantagem proporcionada pelo uso dessa filosofia no ambiente escolar, que é a possibilidade de engajar os alunos em problemáticas sociais. Alguns problemas sugeridos para realização de atividades podem abordar questões ambientais e outros infinitos assuntos.
Isso significa que, além de desenvolver todas as habilidades mencionadas acima, os alunos ainda têm a oportunidade de desenvolver mais consciência social. Esse é um princípio muito importante para a convivência com o outro e, também, para entender os verdadeiros motivos por trás de cada problema.
Por que aplicar a cultura maker dentro da escola?
Para muitos profissionais de educação, a cultura maker na escola é uma forma de solucionar a desmotivação causada pelas metodologias tradicionais. Por isso, é muito importante implementar essa metodologia nas instituições de ensino.
Com as metodologias tradicionais, muitas vezes, a sala de aula vira um espaço monótono, onde os professores encontram dificuldade para captar a atenção dos alunos. Já com a cultura maker, isso não é mais um problema, porque os alunos passam a ser instigados em um ambiente de experimentação.
Podemos dizer, então, que a cultura maker possibilita a transformação do ambiente escolar em um espaço de ensino associado à inovação. As aulas de robótica e os projetos de marcenaria são ótimos exemplos do que estamos falando aqui, considerando que as duas atividades incentivam a busca por soluções necessárias para alguns problemas.
Se você quer colocar a sua escola no caminho da tecnologia, informação e inovação, a implementação da cultura maker é uma ótima opção. Assim, é possível ficar alinhado com a geração atual, que já tem muita facilidade para buscar informações no Google e prefere ambientes de ensino mais práticos.
O ambiente escolar não pode mais ser um espaço de mera reprodução de conhecimentos acadêmicos que podem ser facilmente encontrados a um clique. Pelo contrário, o ambiente escolar deve incentivar o pensamento crítico e a busca por soluções que tenham aplicabilidade real.
Como aplicar a cultura maker na escola?
Como mencionamos, as escolas não dependem de recursos altamente tecnológicos para implementar a cultura maker. Em uma instituição com estruturas menores, também é possível aplicar essa filosofia em meio às atividades do dia a dia institucional. Basta que os alunos tenham liberdade para experimentar e criar, não importa o que seja.
Gostou do nosso post sobre cultura maker na escola? Agora, o que você acha de conferir as diferenças entre metodologia ativa e metodologia tradicional?
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