O TDAH na educação é algo que vem sendo evidenciado cada vez mais em jovens e crianças em salas de aula. Por vezes, alunos dispersos, sem foco e atenção, não refere-se a mera displicência, mas sim a um caso de transtorno que deve ser precisamente cuidado.
Em muitos casos, portadores de TDAH são taxados de terem mau comportamento, dificultando ainda mais o processo de desenvolvimento e melhora da criança ou adolescente. Por isso, professores e coordenadores devem estar atentos aos seus alunos e preparados para oferecer o suporte adequado quando necessário.
Pensando nisso, preparamos este artigo com a finalidade de esclarecer os detalhes e desafios sobre o TDAH e auxiliar a maneira de como trabalhá-lo em sala de aula com indivíduos que possuem esse transtorno. Confira!
O que é TDAH
TDAH, é uma sigla para Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. Ele é responsável por causar situações de desatenção e impulsividade. Esse transtorno não condiz apenas a fatores comportamentais de uma pessoa, mas sim a aspectos neurológicos que limitam um indivíduo e podem lhe afetar por toda a vida.
O transtorno afeta as funções do córtex pré-frontal, área do cérebro responsável pela atenção, organização, capacidade de expressar os próprios sentimentos e controlar os impulsos.
Por ser uma disfunção neurológica, ela é exteriorizada por meio de atitudes e ações da pessoa que sofre com a doença, mas que não se dá de forma tão clara e evidente, por isso trata-se de uma doença. Por esse motivo, muitas pessoas que sofrem de TDAH são vistas como intrusas, desatentas, atrapalhadas, mal educadas etc.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), 3% a 6% da população mundial sofre de TDAH. Os indícios da doença normalmente aparecem no início da infância e podem se manifestar de diferentes formas e variam no grau de intensidade.
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TDAH na educação
Antes de tudo, é fundamental que todos os professores e gestores da instituição tenham conhecimento sobre a condição de crianças e adolescentes com TDAH. Por isso, antes de trabalhar em sala de aula com crianças que possuem o transtorno, diretores e coordenadores devem encontrar formas de capacitar e auxiliar o corpo docente.
Isso pode ser feito por meio de palestras com especialistas, incentivos para debates e reuniões, compartilhamento de informações sobre o transtorno e estratégias a serem utilizadas nas aulas, etc.
Além da identificação do problema por parte do professor, também é muito importante que os pais sejam comunicados para darem início ao tratamento clínico apropriado.
Com o problema constatado e do conhecimento da equipe pedagógica e responsáveis pela criança ou adolescente, agora é o momento em que as estratégias devem ser aplicadas em sala de aula para auxiliar os portadores de TDAH.
Como trabalhar com o TDAH em sala de aula
O primeiro ponto a ser observado, é que o TDAH na educação é facilmente confundido com maus comportamentos por parte do aluno. Porém, a atenção seletiva, falta de foco e agitação são demonstrações comuns dos sintomas.
Pensando nisso, a primeira estratégia a ser tomada é preparar aulas dinâmicas e atrativas. Alunos com TDAH, por tenderem à dispersão, costumam se entediar facilmente com aulas completamente teóricas e que exigem maior concentração.
Logo, dividir a aula em uma etapa teórica, para explicar os detalhes do conteúdo, e outra dedicada à prática é uma maneira interessante de incluir esses alunos em sala de aula. Adaptar o conteúdo a jogos, brincadeiras, dinâmicas ou até mesmo diversificar os materiais didáticos é outra alternativa.
Preparar o conteúdo de forma linear, para que as etapas e evolução da matéria sejam passadas de maneira sequencial, é outra estratégia aplicável. O aluno com TDAH, por conta da falta de foco, consequentemente possui um déficit na capacidade de memorização e fixação de informações.
Dessa maneira, a explicação sequencial faz com que o aluno consiga entender o sentido de cada etapa e evolua conforme a explicação progride.
Instigar o aluno é também uma ótima maneira de fazê-lo participar das dinâmicas em sala de aula, propondo desafios práticos, fazendo perguntas relacionadas à matéria e levando-o a possuir um pensamento crítico, sobre o conhecimento que está sendo adquirido.
Por fim, uma estratégia viável e necessária para os alunos que possuem o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, é o reforço escolar. Aulas extras são grandes aliadas para reforçar o que foi passado em sala de aula e, o professor destinado a essa atividade, poderá ter um acompanhamento mais próximo desses alunos, de forma a identificar onde estão progredindo e pontos que necessitam de maior atenção.
Fica evidente que, saber como identificar e como aplicar as estratégias corretas em sala de aula auxiliam na colaboração de casos de TDAH na educação. Uma vez implementada a conscientização e técnicas por parte da equipe pedagógica, é possível estimular alunos que possuem o transtorno a progredir no aprendizado e melhorar o convívio com os demais colegas.
Esperamos que essas dicas auxiliem você e sua instituição a trabalhar com o TDAH na educação. Continue se informando com o nosso próximo artigo sobre como preparar uma aula e engajar os alunos!
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