A avaliação externa serve para formular e monitorar políticas públicas, além de redirecionar as atividades pedagógicas. Em outras palavras, trata-se de uma avaliação de desempenho aplicada por um agente externo à escola.
Com base nos resultados dessa avaliação, as escolas desenvolvem estratégias mais assertivas para enfrentar os problemas que afetam o desenvolvimento dos alunos.
Neste artigo, vamos explicar melhor o que é avaliação externa, qual a importância dela para a sua escola e como interpretar os resultados dos exames. Continue lendo!
O que é avaliação externa?
As avaliações fazem parte do sistema educacional brasileiro e servem para orientar os professores quanto ao desenvolvimento dos alunos no processo de ensino-aprendizagem.
Nesse contexto, existem dois tipos de avaliação: a interna e a externa. Enquanto a avaliação interna é aplicada pelo professor conforme o planejamento escolar, a avaliação externa – como o próprio nome sugere – é aplicada por um agente externo.
Essas provas são padronizadas para garantir o cumprimento do direito à aprendizagem e a comparação entre redes de escolas distintas.
Veja alguns exemplos de avaliação externa:
- Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb);
- Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc);
- Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA);
- Exame Nacional do Ensino Médio (Enem);
- Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (Pisa).
Com os resultados desses exames, é possível traçar um painel da educação no país, o que contribui para o desenvolvimento de políticas públicas na área. Além disso, esses resultados permitem que as escolas façam um diagnóstico das ações já implementadas e busquem práticas mais assertivas.
Quais os benefícios da avaliação externa?
Agora que você já sabe do que se trata a avaliação externa, vamos falar dos benefícios que ela traz para o aprendizado dos alunos.
Confira alguns deles a seguir:
- determina o conhecimento básico que todo aluno deve ter;
- proporciona uma avaliação mais ampla e significativa, já que os alunos são avaliados de uma forma diferenciada das atividades cotidianas;
- possibilita melhorias nas atividades pedagógicas, visto que os resultados dos exames ajudam os professores a identificar e solucionar algumas dificuldades;
- auxilia na formulação e no monitoramento de políticas públicas de educação.
Como interpretar os resultados da avaliação externa?
Mesmo com a popularização da avaliação externa no contexto educacional, muitos gestores e professores ainda têm dificuldade para interpretar os resultados dos exames.
Afinal, saber analisar esses dados e refletir sobre as práticas da escola para aprimorar o processo de ensino-aprendizagem é um grande desafio.
Para enfrentá-lo, é necessário fazer a leitura e análise detalhada do boletim com os resultados, juntar a equipe pedagógica para discutir sobre o documento e fazer um plano de ação para realizar mudanças nas práticas educacionais.
Como fazer um plano de ação eficiente para melhorar o aprendizado?
O plano de ação é uma ferramenta necessária para colocar em prática novas ações a partir dos resultados obtidos na avaliação externa.
Nesse sentido, vale ressaltar que a meta não é aumentar a nota da sua escola nos exames, mas aprimorar as condições de ensino-aprendizagem.
Antes de mais nada, a equipe pedagógica deve se unir e sistematizar os dados de aprendizagem dos alunos. É recomendável que as análises e ações discutidas para cada disciplina sejam feitas em momentos distintos.
Dessa forma, você deve separar um momento específico para analisar o desempenho dos seus alunos na prova de Linguagens do Enem. Em outros momentos, você deve fazer o mesmo com todas as disciplinas do currículo escolar.
Para ter sucesso, o plano de ação deve especificar algumas questões, como:
- responsáveis pelas meta;
- meta imediata a ser alcançada;
- prazo para o cumprimento da meta;
- recursos necessários;
- resultados esperados.
Veja um exemplo para aplicar na sua escola
Para exemplificar o plano de ação, vamos criar uma situação hipotética em que você já analisou os resultados dos exames e identificou uma defasagem no conhecimento em leitura. Agora, você precisa desenvolver a aprendizagem dos seus alunos nessa área, certo?
Nesse caso, os responsáveis seriam o diretor, coordenador pedagógico e docentes. Já a meta seria organizar espaços e ampliar a participação dos estudantes nas ações de leitura.
Você precisaria de materiais para a leitura (recursos) e esperaria maior envolvimento dos alunos nas ações de leitura (resultados). Quanto ao prazo, é preciso considerar o tempo necessário para a realização das ações propostas.
Algumas dicas para lidar com as defasagens dos alunos são:
- dar atenção individual para os alunos que apresentam dificuldades;
- oferecer atividades extras, como exercícios e grupos de estudo;
- compreender as causas das notas baixas e reprovações;
- avaliar os alunos durante todo o ano letivo.
Mas não se engane! A avaliação externa não é capaz de avaliar os alunos individualmente. Portanto, a avaliação interna também se faz muito necessária, já que ela analisa o desempenho de cada um, bem como as condições gerais da escola.
Esperamos que você tenha gostado do nosso artigo sobre avaliação externa. Agora, que tal entender como ajudar os alunos antes do Enem?
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