Uma das melhores formas de potencializar as competências do ENEM em seus alunos é conhecendo as dificuldades de cada um deles, sobretudo, nas áreas que são exigidas pelo exame. Com esses dados em mãos, torna-se cada vez mais possível customizar soluções de acordo com os desafios de seus estudantes para, desta maneira, implementar ações que potencializem o resultado.
Para isso, contar com o apoio de ferramentas de análise de dados e estatísticas passa a ter um papel cada vez mais estratégico nas instituições de ensino. As escolas que estão no topo do ranking do ENEM perceberam essa oportunidade e, muitas delas, utilizam softwares e planilhas de gestão de dados (ou microdados) para, a partir dessas informações, adequar soluções aplicáveis à sua realidade. Assim, podem instrumentalizar, com ainda mais eficácia, uma série de ações para superar as dificuldades dos estudantes.
Quais as vantagens disso?
Adotar uma ferramenta para esse trabalho compensa muito mais do que investir tempo e energia na categorização dessas informações. A ausência de uma solução tecnológica para isso acaba, muitas vezes, transferindo para o coordenador pedagógico essa responsabilidade de unir as informações fragmentadas que chegam do corpo docente. O tempo que ele levaria para analisar os dados, normalmente, passa juntando esse quebra-cabeça, o que não favorece para manter o foco primordial: pensar em estratégias para melhorar os indicadores.
Talvez esta seja uma das principais vantagens: devolver para a agenda do coordenador pedagógico o tempo que ele necessita para reunir o corpo docente e pensar em soluções que potencializem o resultado, ao invés de investir o tempo na organização das informações. Além disso, menciono também outro perceptível saldo positivo: o de gerar mais motivação e engajamento dos professores, que terão à sua disposição informações mais precisas para o planejamento de sua aula.
Os alunos percebem isso? Sim, e como! As soluções acabam tendo um efeito cascata. Uma vez que o corpo docente toma conhecimento do que precisa exercer, pode envolver os estudantes na resolução deste desafio. O resultado bem evidente passa a ser uma motivação e um engajamento maiores, afinal de contas, os educadores estarão trabalhando com maior assertividade nas melhorias que os alunos devem empreender.
Como isso funciona na prática?
Para citar como isso funciona trago aqui uma experiência utilizada por uma escola da rede privada, localizada na região central de São Paulo/SP. A partir da análise de dados de ferramentas específicas, foram tomadas algumas providências que trouxeram reflexo importante na melhoria do desempenho de alunos na redação. Por lá, desde a segunda fase do ensino fundamental, a direção da escola passou a adotar o sistema de correção cega, ou seja, feita por profissionais que não são da instituição de ensino.
Entre as vantagens percebidas por eles está a de direcionar melhor a devolutiva para os estudantes. Não que os professores da instituição não fossem capazes. Mas é que o olhar de corretores externos colabora numa análise um pouco mais isenta, uma vez que o educador pode, inconscientemente, transmitir para a correção alguns valores emocionais que ele vivencia em sala pelo comportamento do aluno. A Imaginie dispõe de uma ferramenta para isso, com um time de ponta e reconhecido no mercado.
Outra medida adotada por eles foi a de instituir oficinas mensais de redação na escola. Para esse espaço, são convocados os alunos com desempenho baixo e é facultativa a participação daqueles que possuem uma entrega melhor. Deste modo, é potencializado o aprendizado dos alunos. Como resultado de um ano de aplicação desse método, a escola já notou no fim do ano passado uma melhoria no resultado final do ENEM.
Essas soluções cabem no orçamento da minha escola?
Algumas ferramentas de gestão de microdados não são tão em conta, é bem verdade. Mas com criatividade e disposição você pode aproveitar softwares que a sua instituição dispõe e, assim, colaborar duplamente: obter uma ferramenta adequada e, ainda, não onerar o caixa da escola (pois, sabemos, que o orçamento não é tão grande assim na maioria delas).
Busquei algumas ferramentas que pudessem ajudar nisso e encontrei uma solução criativa desenvolvida pelo professor Jorge Luiz Duas de Frias, mestre pela PUC-Rio. Com a experiência de atuar como coordenador pedagógico numa escola de ensino médio da capital fluminense, ele criou a ferramenta para facilitar o acesso a dados que o INEP disponibiliza, sobre o desempenho dos alunos, para fazer uma fotografia mais exata a respeito do nota individual e também geral dos alunos nas competências do ENEM.
Para isso, ele criou essa ferramenta de análise de dados, a partir de mecanismos de detalhamento dos resultados dos inscritos na prova. E tudo isso usando o Excel. O fácil acesso à ferramenta, por parte de muitas escolas, aliado ao fato de ele ter grande conhecimento no software, colaborou para a escolha de desenvolver algo neste sistema operacional. A partir de um link na internet ele autorizou a publicação pelo Jornal Extra, da cidade do Rio de Janeiro, a partir do qual compartilhamos por aqui também.
Recomendo ainda acessar o próprio site do Excel, que traz passo a passo bem fáceis para criar a adaptar a sua própria planilha.
A partir desses dados, o que posso fazer?
Com as informações em mãos, ficará mais fácil direcionar os esforços para potencializar as competências do ENEM em seus alunos. Organizar e priorizar as informações, classificando-as para uma análise mais exata é um dos primeiros passos. Mas, sem dúvida, a busca por soluções a partir de abordagens criativas com o corpo docente ajudará (e muito) a você notar os resultados lá na ponta.
Que tal experimentar isso e contar para gente como foi a tentativa? Fique à vontade para compartilhar nos comentários abaixo. Até mais!